Devido à sua flexibilidade, o crédito é uma modalidade de empréstimo que permite tanto a famílias como a particulares realizarem projetos ou lidar com despesas inesperadas. No entanto, pedir um crédito é uma decisão importante e que não deve ser tomada sem a devida ponderação. Mas se já refletiu sobre o assunto, a primeira coisa que precisa saber é a finalidade do crédito. Existem várias (pessoal, automóvel, cartão de crédito, entre outras) e com diferentes custos associados.
O seu projeto passa por mobilar o seu escritório ou substituir um eletrodoméstico que avariou em casa? Ou aquilo que procura é financiamento para comprar um carro para ir para o trabalho? O crédito pessoal é uma modalidade que pode ter uma grande diversidade de fins, inclusive projetos sem finalidade específica. Já o crédito automóvel financia a aquisição de um veículo.
Escolhida a modalidade de crédito mais adequada, certifique-se de que está a par das terminologias que vão ser aplicadas no contrato que vai assinar. É importante que o faça antes de fechar o contrato. Especialmente as siglas TAN, TAEG e MTIC, as mais comuns no que toca ao crédito.
Estas siglas são as taxas de juro aplicadas pelas instituições financeiras e vão ser os indicadores que vão permitir comparar as diversas propostas de pedido de crédito e selecionar aquela que for mais vantajosa.
A TAEG indica o valor anual (em percentagem) do custo total de um empréstimo e é a melhor forma de comparar propostas de financiamento, pois engloba os vários custos ligados à proposta de crédito (inclui a TAN, juros, comissões, seguros, impostos, entre outros encargos). Na generalidade, a proposta com a TAEG mais baixa é a que vai ser melhor para si.
Nota: o valor da TAEG pode variar mediante a taxa aplicada, isto é, se é a taxa variável ou taxa fixa. No caso da primeira, a TAEG pode variar ao longo do tempo porque está indexada à Euribor, que sofre alterações (aumenta ou diminui). Na segunda, a mensalidade é fixa e manter-se-á constante (é o que acontece com o Crédito Pessoal Primus, em que da primeira à última prestação, o valor é fixo).
Exemplo prático (com taxa fixa): Se contrair um crédito pessoal de 7 mil euros com uma TAEG de 10%, além de ter de pagar os 7 mil euros que pediu, vai ter de pagar também 700 euros por ano pelo empréstimo.
É uma taxa anual obrigatória que serve para calcular os juros de crédito, que tem em conta o prazo e o montante que pediu. Simplificando, serve para medir o custo do crédito.
Nota: Como se trata de uma taxa anual, para saber o valor mensal vai ter de dividir por 12 prestações (e se quiser saber por trimestre vai ter de dividir por 4, e para semestral dividir por 2). E é importante não confundir a TAN com o spread (margem de lucro da instituição financeira), que são duas coisas diferentes.
A TAN é:
● Nos casos com taxa variável - a soma do spread e do indexante (Euribor);
● Nos casos com taxa fixa - a soma da taxa contratada com o spread.
A grande diferença entre uma e outra está nos encargos. Como explicado neste artigo, a TAEG engloba aquilo que o cliente tem de pagar para obter o empréstimo além dos juros — e é por isso que é mais elevada do que a TAN. E é também por essa mesma razão que é a taxa para a qual deve olhar quando está a comparar e avaliar propostas de crédito.
● Explicação: a TAN não inclui impostos nem encargos com o crédito, portanto nunca podia ser o melhor indicador para comparar as melhores condições de empréstimo.
Todavia, não é só a TAN e a TAEG a que tem de prestar atenção. Há uma terceira sigla a manter debaixo de olho: o MTIC, que significa Montante Total Imputado ao Consumidor.
O MTIC não é mais do que a totalidade do montante que vai pagar à entidade de crédito pelo empréstimo durante a vigência do contrato (inclui juros, comissões, impostos, entre outros encargos).
Nota: O valor do MTIC pode oscilar caso opte por uma taxa variável (porque a TAEG muda também). No caso da taxa fixa, quanto maior for a TAEG ou a duração do empréstimo, maior o MTIC. A par da TAEG, o MTIC também é um bom indicador quando à procura das melhores condições de crédito.
Sempre que fizer uma simulação, a instituição financeira a quem fez o pedido de simulação de crédito tem que entregar-lhe a informação pré-contratual. No caso de um crédito pessoal, esses dados estão na Ficha de Informação Normalizada (FIN). Se for num caso de um crédito à habitação, a informação está na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE). É nestas fichas que vai encontrar a TAN, TAEG, o MTIC e outros detalhes relevantes.
E este documento é importante porque é através dele que vai conseguir fazer as comparações entre as várias instituições de crédito. Neste âmbito, tenha também em consideração a taxa de esforço, que é a percentagem do bolo salarial que servirá para pagar a prestação do crédito. Se esta for superior a 30% ao rendimento líquido pode ser considerada elevada e a instituição rejeitar o seu pedido.
Em suma, existem muitas instituições às quais pode pedir informações, diretamente ao balcão ou online, para saber mais relativamente aos custos e requisitos necessários para fazer um pedido de crédito. Mas para começar a ter uma ideia, pode fazer uma simulação do crédito pessoal do Banco Primus e ver se encontra a solução mais apropriada às suas necessidades.